Mudanças na Percepção da Cidade

Com o projeto do Móbile na Metrópole, nós pudemos explorar um lado da cidade muito diferente em relação ao que estamos acostumados. Nós vimos como é a vida das pessoas em locais diferentes dos nossos, um exemplo sendo a Casa do Zezinho, e também entramos em contato com estilos diferentes de vida, caso dos integrantes da Casa Mafalda, que baseiam suas atitudes dentro da casa em conceitos anarquistas.

Dessa forma, mesmo que já soubéssemos obviamente que São Paulo não é homogênea, nós tivemos uma ideia de quão diferente é a cidade em si, contribuindo para uma conscientização maior por nossa parte. Essa viagem foi muito boa para abrir mais nossos olhos para a cidade que moramos.

Dia 3

Rodrigo: Fomos ao centro. Passamos pela galeria do rock e pela galeria presidente, onde pude observar os grupos específicos que vão a esses lugares (rockeiros e afro-descendentes, respectivamente). Depois, conheci a famosa 25 de março, onde notei diferentes classes consumidoras e diferentes tipos de venda.

Pedro: No terceiro dia, fui para a zona oeste. Foi o dia menos interessante, salvo a visita à casa anarquista, que eu achei muito legal. Outro coisa legal foi a peça que todos vimos na zona leste. Eu nunca tinha visto uma peça com essa proposta de ser itinerante e de haver interação com o público.

Eduardo: O terceiro dia foi mais “simples” já que foi apenas, um “tour” pelas paredes de São Paulo, depois disso comecei a compreender a arte do grafite/pixação. Na parte da tarde vimos a peça interativa “Hygiene” muito boa por sinal, no bairro Vila Maria Zélia também surpreendente pelo fato de ser muito diferente do resto da cidade em todos os sentidos. Após seu termino voltamos para a nossa “zona de conforto” (que certamente foi ampliada), porém com todo o conhecimento adquirido durante os três dias.

Marcello:No terceiro dia nosso grupo foi ao cemitério da Vila Formosa onde nós andamos muito e vimos muitas covas com pessoas prestando homenagem. Então seguimos para uma igreja enorme onde eu ví e fotografei uma imagem assustadora de uma máquina na qual devia-se pagar 50 centávos para acender uma vela eletrônica que permanecia acessa durante uma hora. O pior de tudo é que haviam várias velas acessas em cada máquina. Um dos mais inusitados porém bem sucedidos meios de explorar a população fiel. Fomos então ao estádio do Itaquera e comemos no shopping itaquera. Ao final do dia e do estudo do meio vimos uma peça chamada “Hygiene” cujo palco se movia pelo quarteirão da Vila Maria Zélia. Provavelmente uma das peças mais interessantes e interativas que eu ja ví. Muito bem encenada pelo grupo XIX, a peça tratava sobre problemas que haviam no Brasil do século XIX.

Luca:No ultimo dia começamos com uma visita a Federação Espirita onde rebemos todos o PASSE. Fomos direto para a liberdade onde aprendemos a história da igreja dos enforcados, tivemos a oportunidade de entrevistar e conversar com a uma cigana extremamente simpática. Depois de passar em uma loja de conveniência japonesa visitamos brevemente a capela dos aflitos e fomos em direção  a um mosteiro budista diferente onde tem um tom mais empresarial de que religioso lá fomos apresentados aos seus ideais  e objetivos. No final almoçamos em outro restaurante delicioso chamado Hon He na liberdade onde encontramos outro grupo. No final do dia encontramos com os outro grupos para assistirmos a peça “HYGIENE”

 

Dia 2

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Rodrigo
: Fiz o roteiro do grafite, o qual não é diretamente relacionado ao tema do grupo. O curioso foi o fato de que em meio às pichações e graffitis, encontrei uma daquelas pela qual me interessei… (foto acima)

Pedro: No segundo dia não fiz nada diretamente relacionado à nossa proposta. Andei de bicicleta na marginal, o que foi legal, e então fui à Casa do Zézinho. A proposta do lugar e o lugar em si são muito legais, pois eles ajudam as crianças e adolescentes dos bairros perto do Triângulo da Morte a terem uma educação melhor e uma perspectiva de futuro maior. Eu diria que foi a Casa do Zezinho o local que mais me tocou e mais mudou meu olhar diante São Paulo durante a viagem.

Eduardo: O segundo dia começou com o grupo muito confiante, porém esse excesso de confiança causou problemas em relação à união formada no dia anterior, resultando em uma rota “errada” para chegar no cemitério Vila Formosa levando dois ônibus a mais. Ironicamente foi a melhor escolha do grupo, uma vez que vimos uma manifestação do M.T.S.T. e tivemos a oportunidade de ver a região do Itaquera, inviável caso fosse mais tarde. Depois de vermos a chocante realidade da mortalidade da região, o grupo sentiu a necessidade de se reunir mais uma vez, e agora por definitivo. No resto do dia visitamos uma igreja, que virou uma das minhas favoritas por não ter tanto rebuscamento e manter a grandiosidade de sempre somada a muita beleza.Para completar o trajeto perdemos (ainda mais) o preconceito de que todo Árabe é conservador, terrorista e muçulmano na visita a Mesquita. Tive várias sensações importantes entre elas o verdadeiro motivo do estudo do meio (experiência e não nota), a união do grupo e o cansaço (que não sei se foi o parkour ou de andar dois dias).


Marcello
: No segundo dia nós fomos à 25 de março e logo em seguida à Oscar Freire para notar o contraste econômico que realmente chocou. Lembro-me bem de pegar um energético de graça que estava sendo distribuído na rua e de pensar o quanto seria impossível ver o mesmo na 25. Além de estar distribuindo uma garrafa de meio litro de graça, quem distribuíam eram um jovem e uma jovem com ótima aparência e eles até mesmo possuíam abridores de lata para que quem as pegasse não teria nem mesmo o trabalho de abrir a lata. É chocante pensar que apenas uma questão de locação faz com que um fato seja aceitável em um lugar e completamente impossível em outro.

Luca:No segundo dia visitamos de manha uma ocupação no centro da cidade onde aprendemos como tais organizações realmente funcionam o que e diferente do que muitas vezes e diferente do que e dito na mídia. Após isso fomos ao para a Praça das Artes seguido do edifício Copan onde o porteiro contou para nós certos dados e acontecimentos do prédio. Seguido disso visitamos o edifício Martinelli onde ouvimos por um funcionário do prédio a história do edifício e toda a jornada da vida de seu primeiro dono. Já que estávamos atrasados e famintos fomos a um delicioso almoço peruano. Após o almoço fomos  para a  oficina de corpo do Zé Maria onde ele nos ensinou como usar o corpo com menos esforço e tensão. Após a oficina passeamos por Higienópolis

 

Dia 1

Rodrigo: Andei de ônibus e de metrô.Não que isso seja algo incrível, mas, como para muitos outros,foi algo novo para mim. Fomos à rodoviária, onde pude ver diversos tipos de pessoas chegando, viajando… Mas o que todas tinham em comum é o fato de que compravam coisas como comida, utensílios de viagem, presentes, entre outros. Assim, conclui que todos consomem, sem exceção.

Pedro: No primeiro dia eu me preparei para fazer muitas entrevistas para roteiro do consumismo, que seria o mais importante para a nossa proposta, mas logo quando cheguei na Galeria do Rock, onde fui proibido de realizar entrevistas pelos seguranças, vi que a tarefa seria difícil. No final consegui algumas entrevistas no Centro Cultural Vergueiro, mas acho que o dia valeu mais pela experiência de andar pela cidade com o transporte público e por algumas coisas legais que vimos, como a banda latinos tocando zamponha na Paulista.

Eduardo: Ao chegar na Móbile eu estava bem ansioso para o projeto, porém também tive muita insegurança quanto ao grupo, pois não conhecia muito bem as pessoas dele.
Depois de sair da escola pegamos o ônibus e fomos até uma ocupação no centro. A principio pensei que as pessoas de lá não eram tão organizadas que o local fosse uma bagunça, no entanto deu para ver que o o movimento é incrivelmente organizado e todos os ocupastes do prédio são comprometidos por completo com a causa, sendo uma surpresa muito interessante. Antes de comer fomos ao Copan e lá foi um momento em que pude perceber o tamanho da cidade e, consequentemente, do projeto.
Ao sair do almoço, que foi em um restaurante genuinamente peruano, fomos à oficina de corpo do Zé Maria, uma experiência fantástica de trabalho corporal. Para completar fomos guiados pela professora Teresa (História), e conversamos sobre o dia fazendo o grupo, antes formados por todos os tipos de pessoas, o mais unido de todos e o melhor na minha opinião. Depois comemos torta e fomos ao hotel, onde comemos saímos mais tarde para praticar o incomum esporte que é o parkour.

Marcello: No primeiro dia o meu grupo (8) foi pedalar na ciclovia ao lado do rio pinheiros. O mais engraçado desse dia foi logo quando nos saímos da mobile, quando o Fepa apenas virou e perguntou como nós fazíamos para chegar no local da Aro 60. Esse momento jamais havia acontecido em um estúdo do meio e é algo que me marcou. Bom, depois de pedalar, nós fomos à casa do Zezinho, uma instituição que me espantou muito pelo seu trabalho. Lembro que fiquei encantado com a figura de um monitor da qual não me lembro o nome (lembro que começava com “p”). Ele disse que controlava as finanças da casa e disse que era um trabalho muito dificil por conta do tamanho da instituição e a falta de dinheiro. Mesmo assim, tendo um trabalho tão complexo, ele era muito feliz, provavelmente uma das pessoas mais carismáticas que eu ja conheci na minha vida. Isso mostra sua compaixão pelas crianças que estava lá e o quão ele era grato pela ajuda que prestava.

Luca:

No primeiro dia fomos primeiramente ao cemitério da vila formosa onde podemos conversar com lojistas locais .Após isso fomos para a Igreja Santa Isabel onde passeamos um pouco até irmos para o shopping Itaquera lá almoçamos e vimos a estação e o estádio Itaquera e pudemos observar as pessoas que transitam pela aquela região. Ao sair da estação fomos a uma mesquita onde um homem egípcio nos recebeu e mostrou um pouco dos princípios do islamismo e sua relação com suas religiões. No caminho para regressar ao hotel decidimos sair um pouco do roteiro e apreciamos por algum tempo a musica de uma banda de rua no centro de São Paulo.

VIAGEM

A viagem em São Paulo realmente não pode ser considerada uma viajem ordinária onde simplesmente fomos para cumprir objetivos e preencher um “caderninho”.Não, essa viagem foi diferente ela realmente mudou a minha perspectiva de como nossa cidade realmente é .

De visitas para centros religiosos até edifícios históricos posso dizer com certeza que de hoje em diante nunca mais olharei para a cidade como olhava antes. As sensações de ouvir uma historia completamente nova sobre sua própria cidade, ou a de finalmente chegar a aquele lugar  em que seu grupo tanto teve dificuldades de chegar ou a de conversar com uma simples cigana que deu talvez uma das mais importantes lições da minha vida ou até mesmo a de entrar em uma portinha escondida no meio do grande centro de São Paulo e comer uma deliciosa comida peruana são muito distintas de qualquer outra que já havia sentido.

Nunca tinha percebido o quão simpáticas as pessoas realmente podem ser , o quão ainda não conheço de nossa enorme cidade e quanta coisa simplesmente passa despercebida na nossa rotina diária. Mesmo não estando no mesmo roteiro de meus  colegas posso dizer que a viajem tão  criticada originalmente mudou nossas vidas

Show de Truman

Caro leitor, hoje venho aqui escrever sobre o filme “O Show de Truman”. Uma interpretação diferente que não foca no personagem de Jim Carrey, e sim no diretor e criador do programa. Eu percebi, observando a personagem, que há um vínculo muito interessante do filme com a nossa questão problema. O diretor é homem que tem a ideia de criar uma pessoa dentro de um enorme estúdio que é a cidade onde Truman mora e onde sempre viveu sem sequer sair dela. O ponto de contato entre o filme e a nossa questão problema é justamente esse: o criador do programa teve a ideia e a coragem de manipular completamente a vida de uma pessoa normal para criar um programa de TV de sucesso. O diretor chega até mesmo a quase acabar com a vida do Truman para impedí-lo de sair do estúdio e dar fim ao programa. Ele mexe com as mais fortes emoções de Truman quando decide “matar” seu pai e depois fazê-lo aparecer de novo. E tudo isso para aumentar a audiência do programa. Até mesmo o melhor amigo de Truman é parte da farsa. Ou seja, o criador é capaz de praticamente acabar com a vida de uma pessoa para garantir seu sucesso financeiro. E o pior de tudo é que milhares de pessoas assistem e acompanham constantemente ao programa sem culpa alguma.

Um trecho do filme que exemplifica a ideia do texto: https://www.youtube.com/watch?v=IDLKfeNFrbY

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Análise do documentário: Cosmópolis

O documentário Cosmópolis é principalmente sobre os imigrantes que vieram para São Paulo em busca de novas oportunidades que a cidade oferecia e como uma variedade deles vive hoje na cidade. O filme mostra como os imigrantes estão encaixados em São Paulo, como por exemplo um homem negro que vive em bairros japoneses e que até ganhou um concurso que o levou para o Japão, ou o italiano que trabalhou a vida toda em uma mesma loja em uma mesma rua movimentada. A ideia que o documentário nos passou foi que São Paulo é uma metrópole tão grande e universal que pessoas de etnias completamente diferentes conseguem coexistir sem maiores conflitos, além de nos passar a noção de como uma cidade pode ser fisicamente diferente dependendo da etnia que abriga, como é o caso da Liberdade, com seus característicos postes de luz. Isso tudo está muito relacionado ao Móbile na Metrópole, pois nesse projeto nós visitaremos áreas onde muitos tipos de pessoas convivem juntas, e poderemos comparar o que vimos no filme à realidade.

Expectativas

Quando ficamos sabendo que o Estudo do Meio seria em São Paulo, questionamos a decisão, pois achávamos sabíamos  tudo o que  o São Paulo tinha para nos oferecer.Como estávamos errados…Após assistirmos os vídeos do ano anterior, vimos como pessoas que tinham o mesmo ponto de vista que nós, aproveitaram esse Estudo do Meio em São Paulo, e então começamos a aguardar ansiosos por essa experiência.
Nossas expectativas, atualmente, são de ver uma parte da cidade que ainda não vimos, mesmo morando nela há tempos. Nós queremos ver o ponto de vista de pessoas em condições completamente diferentes da nossa. Nós achamos que esse Estudo do Meio irá ser o mais influente na questão dos nossos princípios e pensamentos sobre a sociedade. Ele certamente expandirá o nosso olhar crítico e nossos juízos de valor.